A clínica do autismo segue fertilizando o campo psicanalítico. E este livro é um exemplo disso. Muito além de se manterem circunscritas à especificidade dessa clínica, as questões aqui desdobradas participam do que de mais interessante vem sendo produzido na psicanálise contemporânea. Entre elas, encontramos algumas saborosas formulações, como “simbolização em presença”, do francês René Roussillon, e “três tempos da lei materna”, do uruguaio Victor Guerra. Merece destaque a preciosa discussão sobre as relações entre objeto subjetivo, objeto tutor, objeto transicional, objeto autístico e objeto fetiche. O aprofundamento dessa reflexão promete ser de grande valor para o porvir da psicanálise. Luciana Pires
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