O drama prometeu acorrentado de esquilo, que parece ter frequentado círculos pitagóricos, estiliza, de forma paradigmática, a postura progressista ocidental em relação às artes e às técnicas de diferentes tipos. Homens, criados por deuses sofriam tanto por serem submetidos ao destino (Moira), como por serem vulneráveis à natureza ou aos males decorrentes da intrigas dos deuses. Com relação à Moira não havia o que fazer. Contudo, as outras duas fontes do sofrimento humano podiam ser combatidas efetivamente. Para tanto, Prometeu fez com que os homens, que até então viviam como crianças, passassem a agir racionalmente, como senhores de suas mentes (Prometeu acorrentado, v. 443-444), isto é, amadurecessem e se tornassem adultos. Nos estado inicial em que se encontravam, os homens, quando olhavam, não viam nada, quando escutavam, não ouviam nada, viviam suas vidas misturando tudo ao acaso, como acontece nas fantasias dos sonhos, e faziam tudo sem conhecimento (v. 456-457). Prometeu ensinou-lhes a arte da construção, as técnicas de transporte terrestre e de navegação, os remédios contra doenças, a arte de interpretação do significado dos sonhos, a adivinhação do furuto, o conhecimento das relações de inimizade, de amizade e de sociedade, inventando para eles ainda a escrita, para que pudesse guardar a memória, e o número, o mais excelenete dos artifícios [sophismata]." Zeljko Loparic.
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