O presente livro se ocupa com a teoria cartesiana do aparato cognitivo humano como executor de regras metodológicas de uma ciência matemática radicalmente nova, o qual estaria, segundo Descartes, em condições de resolver, realizando operações de intuição e de dedução, todas as questões que possam ser propostas com respeito a qualquer gênero de quantidade, tanto as quantidades matemáticas como as físicas. A intuição atribui-se o acesso direto aos dados iniciais de um problema qualquer no gênero de quantidades, representados por signos geométricos, aritiméticos e algébricos, bem como a todos os elos que vão desses dados até a determinação da incógnita. À dedução conferem-se os passos encarregados de fazer a transição de dados iniciais a dados novos. Tendo caracterizado as operações elementares com os signos das diferentes linguagens que Descartes tem à sua disposição, este trabalho propõe-se a reconstruir as regras metodológicas de acordo com as quais as operações com os signos são usadas. Sobre o autor: Possui formação em filosofia pela Humboldt-Universität zu Berlin (doutorado sandwich e pós-doutorado), pela Universidade Estadual de Campinas (mestrado, doutorado e pós doutorado) e pela Universidade do Oeste do Paraná (graduação). Foi bolsista da Fundação Alexander von Humboldt (AvH), da Fundação Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), do Deutscher Akademischer Austauschdienst (DAAD) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico (CNPq). Atua e publica na área de filosofia moderna, com ênfase em epistemologia e filosofia política, e se interessa por temas relacionados à filosofia cartesiana e kantiana. Atualmente é professor na Universidade Estadual de Londrina e membro colaborador da Sociedade Kant Brasileira.
Fundada em 2008 com o objetivo de distribuir os lançamentos da DWWeditorial, assim como livros de Winnicott e livros que tratem de assuntos relacionados ao seu pensamento, lançados por outras editoras.