Neste livro, terceiro volume da série nómos basileús, Alexandre Sá apresenta vários trabalhos nos quais analisa diversos temas schmittianos, destacando-se a discussão sobre a suposta incoerência e oportunismo que teriam marcado a obra de Schmitt, conforme a interpretação canônica de Löwith, a qual é convincentemente rejeitada pelo professor português. No decorrer da obra, Alexandre Sá reconstroi os argumentos de Carl Schmitt à luz dos textos e contextos originais, tendo sempre em vista a totalidade do corpus schmittiano. Ao final, ele conclui que o jurista alemão teria sido um grande ficcionista, eis que lançou mão de estruturas teóricas "fingidas" para criar algo que não é dado, mas que, como artifício, só pode ser imaginado: a frágil e precária ordem político-jurídica, que não sendo divina - ainda que nela necessariamente deva se inspirar -, nos separa das bestas por nos fazer humanos, esse algo que, sugeria Aristóteles, está a meio caminho entre a redenção e a queda, situação que sintetiza perfeitamente essa figura esfíngica que foi Carl Schmitt.
- Editora: Via Verita
- Autores: AUTOR: Alexandre Franco de Sá
- ISBN: 9788564565098
- Capa:
- Edição: 1ª edição
- Formato: 14.00 x 21.00 cm
- Páginas: 272